Se ontem dormi com soluço hoje acordei com ele também. Uma ressaca infernal que me deixou muito enjoado logo no dia que combinei com meu pacato amigo marcelo ir em óbidos. Estradas em ziguezague durante uma hora que me faziam lembrar o que eu tinha comido toda hora. Tivemos um domingo lindo, em família, pois a Miriam namorada dele, levou o irmão e a filha para passear. Coitada das crianças vendo o tio ali, feito um pato engasgado, acreditando que eu estava doente. Fui melhorando a medida que as emoções iam acontecendo. Pela primeira vez vi uma hélice de energia eólica. Enorme. Pensei no meu trabalho e tudo que estudei sobre energia renovável. Contei para as crianças que ali fazia frio porque tinham aqueles ventiladores ligados e elas acreditaram. (hahahah)
Óbidos é Paraty dentro da muralha. A arquitetura colonial cercada por muros de todo canto onde nós andamos sobre elas de um lado pro outro. Tinha um festival do chocolate por lá e a cidade, sempre quieta, estava bem movimentada. O soluço ia e vinha conforme eu tomava coca-cola. Diz Marcelo que é o frio e eu acredito em qualquer porra quando to doente. Como era uma viagem mais para o norte, resolvemos também ira a Batalha, esta sim uma grande surpresa. Um mosteiro enorme,com um grande calaveiro guardando sua praça nos esperava mais quentinha, com o sol animando as crianças andando de trotenete, ou patinete no Brasil. Lindo, bucólico. Dentro, o mesmo sentimento de paz e surpresa ao ver os claustros, parecidos com o do Mosteiro dos Geronimos. Tenho gostado do cara e das influencias manuelitas que acompanham estas igrejas. São grandes sim mas transmitem paz e não onipresença.
Saí de lá com pena, levando o sol conosco e uma surpresa agradável, cheia de fotos com crianças que a esta hora já aprontavam comigo e zoneavam o silencio do mosteiro.
Terminamos o dia em Fátima que é bacana e tal mas não se compara a cidade anterior. Vimos alguns romeiros chegando de mãos dadas cantando, descendo o pátio emocionados. Foi bonito. Lembrei da minha avó, primeira comunhão e comprei o primeiro presente pra ela. Já avisei ao povo que estou indo de mochila portanto não serei aquele sujeito que chega cheio de muambas, tenha certeza. Decidi por um terço que tem um eterno perfume das rosas, dois escapulários, um pra Graça também que me deu este que estou usando, e uma fitinha que vou amarrar na minha mochila. Depois desta via crucis cansativa mas extremamente reveladora e feliz na presença deste amigos que me aturam segurando vela e pedindo pra ir aqui e ali, terminando a noite de uma maneira tradicional: fomos ao mc donald´s. O que mais você pensou, ora pois?
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