*Baseado no relato de uma amiga confidente, bêbada e feliz.
Pra mim é orgia, mas ele disse que não. Chama de experiência madura ou sei lá que porra é essa. Começou como brincadeira de cócegas, cochichando sacanagem mas acabou falando sério. Saí pela direita.
Nosso namoro não anda bem nestes meses mas já teve sua glória. Sinto que sua ereção mudou. Antes metia afoito, eu nem aproveitava tanto. Depois passou a ser mais paciente e me deixou à vontade, e, de um tempo pra cá, temos apenas transado uma vez por final de semana. Pra mim é pouco. Os últimos dias que me fez gozar de verdade foram aqueles que antecederam o anal. Toda aquela expectativa que criei o fazia bufar, me pegar com força, me subjugar, coisa que adoro. O anal mesmo, detestei. Fiquei tensa. Lembro que vi algo sobre usar o chuveirinho na revista mas o dia me fugiu o planejamento e realmente tive medo de sujar tudo. Ele gostou. Disse que era apertado, quente, não sei o que lá, e nunca quis de novo. Só bêbado. Acho que os homens querem enfiar no cu apenas para conquistar, como fincar uma bandeira, no mais é só um buraco. Sujo, convenhamos.
A proposta me pareceu absurda pois nunca havia pensado em dividir meu namorado com ninguém, ainda mais com a amiga dele. Só não brigamos porque já a conheço e sei que não faz seu tipo. É gordinha, tem espinhas, estria na bunda branca e meio quadradona. Ele gosta de mignon, como eu, não picanha como ela. O que me argumentou era que gostaria de transar comigo e deixá-la com vontade, contando com minha ajuda pra excitá-la. Achei tentadora a proposta vista por este lado tão sádico e aceitei. Por mais que não desse importância, não saía da minha cabeça a imagem daquela gorda, esparramada no sofá, se masturbando e fazendo cara de tesão. Por outro lado, as tentativas com seu membro mole me faziam sentir a pior.
No dia combinado já havíamos brigado tanto que pensei em desistir. Mas ele parou seu Uno preto antes do horário combinado no portão da minha casa e buzinou. Havia comprado uma calcinha ousada, vermelha, mas lembrando da presença de outra fiquei insegura e acabei optando por uma básica mesmo. Que saco a presença desta vaca!Seria tão bom tê-lo de volta, sem a dança do maxixe. Este não é o homem que eu conheci. Nos levou a um pé sujo perto de sua casa, sem cerimônia. A amiga, que me foi apresentada numa das festas de faculdade, até estava muito bonita, usando todos os artifícios de sedução disponíveis no mercado. Francamente ela errou o tom e a roupa estava demais para o ambiente, mas, a esta altura, quem sou eu?Uma mulher que precisa doar metade do seu homem para tornar sua vida interessante. Bateu uma tristeza, tão evidente quanto a tentativa dele de nos deixar à vontade, por isso fui ao banheiro enquanto repetiam suas histórias de sala de aula que eu já não agüentava ouvir e rir educadamente. Tava lá no espelho a verdade, sublinhada por rugas de expressão que a maquiagem não escondeu. Falava sozinha quando minha - quase - rival entrou. Em silêncio, urinou de portas abertas, de cócoras, evitando o contato com a tábua da privada, me olhando distraída. Ainda se secando com o papel ordinário, cortado em tiras, disparou:
- Ele ta achando que vai comer a gente. Coitado.
Como uma mulher pode compreender tanto a outra?... Era tudo aquilo que eu gostaria de ouvir. O castelo de areia, o harém daquele cafajeste se desmontou. Trocamos confidências e rimos da possibilidade absurda numa cumplicidade que só o espelho e o batom podem explicar. Soube ali que nunca haviam transado e tudo não passou de uns beijos arrependidos.Voltamos triunfantes, de cabelos soltos e penteados, rebolando sem notar e chamando atenção dos rapazes reunidos perto do poste. Não combinamos nada mas invertemos o jogo, seduzindo o pobre diabo, cujo pau se apertava na bermuda estampada por coqueiros e ondas. O instrumento eu conhecia bem, mas, sem que ninguém notasse, o fitei e me excitei no primeiro esbarrão de seu braço, alheio ao meu. Sentia com as rédeas da noite nas mãos. A gorda contribuiu com o clima dando agulhadas e deboches. Não se tocaram em nenhum momento, eu vigiava.
Tomávamos um vinho barato pois não há nada melhor para temperar uma noite vadia. Mas aquela birosca, de garrafas multicoloridas, não foi capaz de saciar nossa sede. Foi ele quem sugeriu o motel. Eu tomei um susto, mas depois ri.
- Vai a merda. Com este pinto pequeno você não agüenta nem comigo.
Disse no susto e achei tão divertido, tendo de apoio a gargalhada da amiga. Mas os homens sempre possuem resposta quando o assunto é putaria. Enfiando a mão nas calças, colocou para fora e balançou aquela verga dura, escura, com veias saltando para fora, e a sacudiu numa banalidade de menino brincando com seu cavalinho. Vendo um homem com o membro na mão não há mulher que fique impune, visto que um silêncio tomou conta do carro, ao cruzar os pingos e a modorra de segunda de madrugada. Reprimi-o sem jeito e depois de algum tempo ele entrou abrupto no estacionamento que eu desconhecia. Parecia um posto de gasolina desativado ou algo assim. Saiu do carro no mesmo instante e disse algo sobre comprar bebida. Havia esquecido momentaneamente a minha nova amiga sentada no banco de trás que me surpreendeu ao cochichar no ouvido um assunto que poderia ter sido dito de outra forma mas que, tenho que confessar, não me daria tanto tesão. Molhei numa vez só minha calcinha mesmo tendo um ataque moral de levantar o corpo. Virei de frente a encará-la e a gorda me tocou os cabelos, sorrindo complacente e, se aproximando de súbito, beijou o canto da minha boca, provocando formigamento na língua que a queria. Toquei-a pensando em afastá-la e só a provoquei mais. Também não tinha forças e minha mão escorreu pela fartura de seus seios, que depois de expostos, arrepiaram-se no ato. Gostaria de ter um pau, que tocasse as coisas como se fosse minhas mãos, só assim teria controle e poderia sair tateando fissuras, mas não, sou uma mulher que, ao ser estimulada, sinto um puta tesão do umbigo ao joelho, ficando impossível determinar onde ela me tocou. Quando percebi já passeava com seus dedos úmidos entre as minhas pernas, numa precisão nunca sentida por mim. Deitei meu corpo acionando um botão do painel que passou a assoprar vento quente em nós. Foda-se. Ela encaixou a cabeça entre minhas pernas, agora completamente aberta e, pacientemente, pressionou sua boca carnuda e suas bochechas macias, enchendo os lábios com meus ralos pêlos pubianos. Ainda lembro de seus olhos e do constrangimento pois eram os mesmos que me buscavam no banheiro, querendo cumplicidade. Gozei quando ele se aproximava, revelando apenas uma silhueta ao longe, com o pesado garrafão de vinho nas mãos. Ele sentiu o cheiro, me viu ajeitar a roupa, ficar vermelha e virar para frente mas, estava tão imóvel, tão paralisada, tão desajeitada com a situação, que não tirei os olhos do retrovisor. O gozo me fazia querer mais. As mãos dela me procurando pelo canto da porta também. Impossível. Tinha sido descoberta, sido vencida, corrompido meus códigos morais. A cabeça latejava enquanto os dois riam e falavam besteira sobre qualquer coisa que passasse pela janela. O homem correndo da chuva, o gato que quase virou asfalto, tudo virou motivo.
Nunca mais aconteceu, óbvio. E o namorado também não resistiu a crise de identidade e talvez até esteja com outra. Estou solteira e evito qualquer intimidade ao me ver sozinha com amigas. Vou morrer sem dizer para nenhuma delas que tenho até hoje tesão naquela gordinha ou em qualquer outra que cruze meu caminho. Bom, pelo menos era segredo, até agora.
3 comentários:
Adoreii aruu...*__*
eeee....volteii akiii pra ler pra uma amiga.....rsrs...bjuu Aruu S2
Nossa q delicia
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